sábado, 20 de fevereiro de 2010

Nosso tempo de ser útil terminará. Já não teremos mais a destreza da juventude. Nossos passos lentos já não nos permitirão chegar tão longe. Nossos braços se despedirão das agilidades de antes. Experimentaremos a vida a partir de uma outra vertente. O tempo de utilidades se despedirá de nós e o que vai nos restar será o tempo dos significados. O que vamos alcançar já não dependerá mais de nossas destrezas nem tampouco de nossos atributos técnicos será o tempo da simplicidade e nele será preciso sobrevivermos. Nesta contabilidade final já não haverá espaços para supérfluos a vida nos caminhará para o estreito caminho final e o que termos nas mãos será o resultado do que amamos.

Fábio de Melo

Nenhum comentário:

Postar um comentário